segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Os melhores filmes animados da década

Os 15 melhores filmes animados da década

Qual é a melhor animação dos dez últimos anos? Veja a nossa seleção com os filmes mais bacanas para crianças que ficaram famosos, ganharam prêmios e até programas de TV

Julia Benvenuto

 Divulgação













Dos clássicos aos mais modernos. Os filmes de animação deixaram de ser somente assunto de criança e conquistaram espaço nos cinemas e os prêmios mais cobiçados da academia. A CRESCER preparou uma lista com os 15 filmes mais bacanas da década que você e o seu filho não podem deixar de assistir. Confira! 


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Toy Story (1995/1999/2010) 

Sabe aqueles brinquedos que você dá ao seu filho? Eles ganharam vida, pelo menos neste longa. Lançado inicialmente em 1995, Toy Story é um clássico da animação que só tende a ficar mais conhecido, principalmente com a chegada do terceiro filme da sequência em 2010. A história tem início quando o dono do cowboy Woody decide trocá-lo por um boneco mais moderno, patrulheiro do espaço Buzz Lightyear. E, como era de se esperar, a rivalidade entre os dois acaba se transformando em amizade.
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A Viagem de Chihiro (2001) 

Do diretor japonês Hayao Miyazaki , a animação mescla fantasia e suspense. Chihiro é uma garota de 10 anos que vai morar com os pais em outra cidade. Só que no meio do trajeto a família entra em um mundo encantando e misterioso. A aventura se torna cada vez mais perigosa quando a menina descobre que os humanos não são bem vindos no local e que os seus pais estão em apuros. O filme foi o primeiro em sua categoria a ganhar o Urso de Berlim e, posteriormente, um Oscar.
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Monstros S.A. (2001) 

O seu filho tem medo do escuro? E de monstros? Saiba que eles não são tão assustadores assim e, pra falar a verdade, eles morrem de medo é das crianças. Para proteger Monstrópolis do ataque dos humanos, Sulley e seu ajudante e amigo Mike trabalham em uma firma de sustos. E, por meio de um armário mágico, eles viajam entre o nosso mundo e o deles. O problema é que uma garotinha acaba por acidente presa na tal cidade, causando pânico entre os habitantes monstruosos.
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Shrek (2001/2004/2007/2010) 

Em Shrek as crianças aprenderam que, ao contrário do que se pensava, a primeira impressão não é a que fica. Um ogro assustador e sem modos é o príncipe que vai ao resgate da princesa Fiona – para quem não se lembra, ela foi aprisionada em uma torre devido a uma terrível maldição. A história fez tanto sucesso que já está na sua quarta sequência, o último da série, com estreia prevista no Brasil para julho de 2010. Veja o trailer aqui.
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A Era do Gelo (2002/2006/2009)
Três amigos que vivem na era glacial. Esse é o enredo de a Era do Gelo, dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha, que já está em seu terceiro filme. Na trama, o tigre Diego, o mamute Manny e uma preguiça Sid se envolvem em várias trapalhadas para garantir a sobrevivência do grupo. Outros personagens foram acrescentados à história, mas o esquilo Scrat obcecado por nozes rouba a cena.
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Procurando Nemo (2003) 

O filme mostra a saga emocionante de um pai em busca do seu filho desaparecido. O detalhe é que tudo se passa no fundo do mar e os personagens principais são dois peixes palhaços. No meio dessa jornada, Marlín, o pai de Nemo, enfrenta várias aventuras e conhece outras criaturas do oceano, como a esquecida blue tang Dory.
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Os Incríveis (2004) 

Nas grandes cidades, superheróis zelavam pela segurança de nós humanos até que um dia, esses benfeitores começaram a ser processados. O Sr. Incrível teve que se aposentar e se acostumar com uma vida no anonimato, trabalhando em uma firma de seguros e morando com a família nos subúrbios. É claro que isso não vai dar nada certo e quando ele se envolve em problemas a esposa, Mulher-Elástica e os filhos Violeta, Flecha e Zezé vão ao seu resgate.
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Madagascar (2005/2008) 

Um leão, uma zebra, uma girafa e uma hipopótama são os moradores do mais famoso zoológico de Nova York. Querendo desbravar os mistérios do mundo, o grupo planeja uma fuga e acabam, por acidente, na ilha de Madagascar, na África. Nem precisa falar que eles vão aprontar várias confusões para se acostumarem à nova “vida selvagem”. A história já está no seu segundo filme e ficou tão famosa que os Ping uins do zôo até ganharam o seu próprio desenho na televisão.
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Ratatouille (2007) 

Todos sabem que animais e cozinha não combinam. Será? Em Ratatouille, um pequeno ratinho tem somente um sonho: o de se tornar um grande chefe. Mas como a sua entrada não é permitida em restaurantes ele acaba ajudando o aprendiz a cozinheiro, Linguini, com os seus dons culinários. A parceria inesperada rende boas trapalhadas e muitas risadas. 

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Wall-E (2008) 

O filme é uma boa para discutir a preservação do planeta com as crianças. Em um futuro não tão distante, a Terra se transformou pela ação de nós humanos em um verdadeiro depósito de sujeira. Sozinho e somente com um amigo – uma barata, é claro -, o único habitante que restou foi o pequeno robô Wall-E, responsável armazenamento de todo o lixo. A história ganha outro rumo quando ele recebe a visita robô Eve e se apaixona por ela. Ganhador do Oscar de melhor filme de 2008, o longa tem direção de Andrew Stanton, o mesmo de Procurando Nemo.
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Horton e o Mundo dos Quem! (2008) 

Baseado no livro do escritor americano de literatura infantil Ted Geisel , o Dr. Seuss, o longa conta a história um elefante simpático que um dia houve um chamado de socorro de uma partícula de poeira alojada em uma flor. Daí ele descobre uma comunidade, a Quem-Lândia, onde vivem pequenos habitantes no local. Para ajudá-los, o elefante inicia a jornada hilária para levar a tal flor ao pico de uma montanha em segurança.
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UP - Altas Aventuras (2009)
Um dos filmes mais emocionantes de todos os tempos, UP não para de ganhar ou ser indicado a prêmios. Na história, o aposentado e mal-humorado Carl Fredricksen, de 78 anos, quer realizar o grande sonho que cultivou a vida inteira: ir até o Paraíso das Cachoeiras, uma paradisíaco lugar na América do Sul. Para realizar essa expedição, ele decide transformar a sua casa em meio de transporte, utilizando centenas de balões para isso. Ele só não contava com a presença de uma outra pessoa a bordo, o pequeno otimista - e um tanto irritante - Russell. 
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Tá Chovendo Hambúrguer (2009) 

O jovem cientista Flint Lockwood queria solucionar o problema da fome mundial e, para isso, construiu uma máquina que transforma água em comida. Só que a engenhoca foi parar por acidente na estratosfera e hambúrgueres começam, literalmente, a cair do céu. 


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Carros (2006) 

O relâmpago McQueen era o favorito para se tornar campeão da corrida de automóveis da Copa Pistão. Mas um acidente acontece na pista e ele precisa ser guinchado para o local seguinte da disputa. A história dá uma reviravolta quando o carro fica perdido em uma cidade interiorana, Radiator Springs, em que seus habitantes parecem isolados do restante do mundo.

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A Princesa e o Sapo (2009)

Inspirada n um clássico conto de fada já revisitado pelos Irmãos Grimm, a mais recente produção musical da Disney, ganhou destaque por trazer primeira princesa negra às telas do cinema. O filme também representa a volta da animação em estilo tradicional, como aquela utilizada na confecção de filmes da Era de Ouro como a Bela e a Fera e Cinderela. Na trama, a jovem Tiana luta para realizar o seu sonho de comprar um restaurante na cidade de Nova Orleans, mas uma brincadeira do destino faz com ela acabe beijando um príncipe-sapo para quebrar um feitiço. Tudo dá errado, quando é ela que acaba virando um sapo.


sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Os falsos Quintanas da Internet

POR EMÍLIO PACHECO – TRADUTOR E JORNALISTA

*Estudioso das obras do Poeta Mário Quintana

Atenção: os textos que serão citados abaixo não são de Mario Quintana! Não importa onde você os tenha visto com a autoria atribuída ao poeta.

Vamos começar com os dois mais freqüentes:


"Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra é bobagem. (...) Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação."


Esse já foi declamado por Bruno e Marrone em seus shows e circula pela Internet das mais diversas formas. Existe até uma montagem sobre uma bela foto de dois namorados se beijando. A dificuldade maior em convencer os incautos de que não é de Quintana advém do fato de que o verdadeiro autor ainda não foi descoberto. Provavelmente se originou de algum blog a partir de um amontoado de frases, pois ele contém até mesmo uma citação (não creditada) de Saint-Exupery: "Tu te tornas eternamente responsável por tudo aquilo que cativas." Já a frase do olhar e da longa explicação é tida como um provérbio árabe, inclusive aparecendo
aqui em inglês. Esse "Frankenstein" vem crescendo e recentemente ganhou mais um apêndice: a observação de que "para o homem provar que é homem, não precisa ter mil mulheres, basta fazer uma feliz".


O outro "campeão" dos blogs e e-mails é aquele que começa assim: "Com o tempo você vai percebendo que, para ser feliz com outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela". E encerra com a afirmação clássica: "O segredo é não correr atrás das borboletas. É cuidar do jardim para que elas venham até você". Ouvi dizer que até camiseta já apareceu no Brique da Redenção contendo essa frase e assinatura de Mario Quintana. Também não se sabe ao certo quem é o autor, mas pelo menos há uma página na Internet em que o poema aparece com a autoria de
Kátia Cruz. Já o ditado das borboletas também é atribuído a D.Ehlers. Se é verdade ou não, difícil saber, mas pelo menos já são alternativas de nomes para apresentar a quem perguntar.

Os cinco textos a seguir são de autoria de Martha Medeiros, mas também circulam como se fossem de Quintana:


Felicidade Realista
Promessas Matrimoniais
Sermão do Casamento (também conhecido como "Casamento na Igreja")
Sentir-se Amado
A Impontualidade do Amor


Aqui, é curioso que as pessoas atribuam a Quintana textos em prosa que nada têm a ver com o estilo dele. Talvez por influência de Vinicius de Moraes, existe uma falsa idéia de que todos os poetas de destaque falavam de amor. Quintana até falava, mas muito raramente. Ele tinha a pureza e a castidade de um menino. No entanto, a geração Internet quer imaginar aquele simpático velhinho usando de sua sabedoria para dar conselhos a casais enamorados. Mesmo que, para satisfazer a essa fantasia, coloquem em sua boca palavras como "sarado" (em "Felicidade Realista") e a citação de uma data quatro anos posterior à sua morte (em "Sermão do Casamento"). Martha fez menção a essas confusões mais de uma vez, notadamente em "
Clonagem de Textos" e "A Crônica Sobre a Desinformação".

Outro poema muito citado é "
A Idade Para Ser Feliz". Seu verdadeiro autor é Geraldo Eustáquio de Souza, como pode ser conferido no link. Já "Amor é Síntese" merece ser reproduzido na íntegra, pois não só sua verdadeira autora é Mirtes Mathias, como o verso final aparece adulterado. Em sua versão apócrifa, o poema termina com a frase: "E eu serei perfeito amor". O correto é:


Por favor, não me analise

Não fique procurando
cada ponto fraco meu
Se ninguém resiste a uma análise
profunda, quanto mais eu!
Ciumenta, exigente, insegura, carente
toda cheia de marcas que a vida deixou:
Veja em cada exigência
um grito de carência,
um pedido de amor!

Amor, amor é síntese,
uma integração de dados:
não há que tirar nem pôr.
Não me corte em fatias,
(ninguém abraça um pedaço),
me envolva todo em seus braços
E eu serei perfeita, amor!

(Do livro "Bom dia amor!", Mirthes Mathias, Juerp, 1990)



Às vezes o verdadeiro autor de um texto ou poema de grande sucesso é um ilustre desconhecido. Ou, para ser mais exato, uma ilustre desconhecida. Um dos mais populares "falsos Quintanas" é aquele que começa: "Não quero que ninguém morra de amor por mim." Sua autora é uma moça chamada
Adriana Britto, que pode ser encontrada no Orkut. Já o poema que se tornou conhecido com o nome de "Deficiências" ou "Dicionário do Quintana" é na verdade a parte final de um texto redigido pela professora Renata Vilella, da escola Flor Amarela. As frases da professora ("Deficiente é aquele que não consegue modificar sua vida, etc.") foram rearranjadas em forma de versos e acabaram se tornando um manifesto contra o preconceito.. Hoje a professora luta para ver sua autoria reconhecida. Na seção "Notícias On-line" do site da escola, ela comenta:

Há meses recebi um e mail dizendo que circulava na internet o texto que está escrito na minha apresentação como sendo de autoria de Mário Quintana, não levei a sério, para falar a verdade me senti até honrada, porém quando o senado federal divulgou no folder do Dia Nacional de Valorização da Pessoa com Deficiência escrevi uma mensagem para o Senador Flávio Arns, autor do projeto, pedindo que esclarecesse, mas não obtive resposta. Como o texto foi escrito no final de 1990, quando eu estava indo para o interior de Minas e Mário Quintana ainda era vivo, nem psicografado pode ter sido.

Outros exemplos de apócrifos atribuídos a Quintana, mas de autores desconhecidos:



Algo sobre o amor ("Para meus amigos que estão solteiros... casados... etc.").
Amadurecimento ("Aprenda a gostar de você, a cuidar de você, e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.")
"Se for para esquentar, que seja no sol, se for para roubar, que seja um beijo, etc."
"Sentir primeiro, pensar depois/ perdoar primeiro, julgar depois, etc."



A cada dia parece surgir um novo texto ou poema falsamente atribuído a Quintana, de forma que é praticamente impossível compilar uma lista completa. Esta foi iniciada por Lúcia Kerr Jóia, depois veio sendo atualizada com a ajuda de vários colaboradores, como Jane Araújo, Westh Ney e outros. Por fim, existe um poema que é, sim, de Quintana, mas aparece na Internet de forma totalmente modificada, a começar pelo título de "O tempo" ou "A vida", ambos errados. Eis o poema correto:

SEISCENTOS E SESSENTA E SEIS


A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ªfeira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
seguia sempre, sempre em frente...

E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.


Esse é o poema completo, mas os "amantes do óbvio" enxertaram o verso "quando se vê, perdemos o amor da nossa vida" e acrescentaram o seguinte final: "E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo. Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará." Há variações, mas não importa: são adendos indevidos.

O livro "Poesia Completa", da Editora Nova Aguilar, contém toda a obra de Quintana. O que não estiver ali, não é dele. E quando alguém vai avisar a Ana Maria Braga para que deixe de ler no ar poemas enviados por telespectadores? Essa é a melhor maneira de disseminar apócrifos! Depois ela ainda publica os textos no site do programa dela.
Os "Quintanas" que estão lá são todos falsos!

sábado, 10 de outubro de 2009

Mercedes Sosa - Tu voz no se callará jamás


Gracias A La Vida


Mercedes Sosa

Composição: Violeta Parra

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me dio dos luceros que cuando los abro
Perfecto distingo lo negro del blanco
Y en el alto cielo su fondo estrellado
Y en las multitudes el hombre que yo amo

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado el oído que en todo su ancho
Graba noche y día grillos y canarios
Martirios, turbinas, ladridos, chubascos
Y la voz tan tierna de mi bien amado

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado el sonido y el abecedario
Con él, las palabras que pienso y declaro
Madre, amigo, hermano
Y luz alumbrando la ruta del alma del que estoy amando

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado la marcha de mis pies cansados
Con ellos anduve ciudades y charcos
Playas y desiertos, montañas y llanos
Y la casa tuya, tu calle y tu patio

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me dio el corazón que agita su marco
Cuando miro el fruto del cerebro humano
Cuando miro el bueno tan lejos del malo
Cuando miro el fondo de tus ojos claros

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado la risa y me ha dado el llanto
Así yo distingo dicha de quebranto
Los dos materiales que forman mi canto
Y el canto de ustedes que es el mismo canto
Y el canto de todos que es mi propio canto

Gracias a la vida, gracias a la vida


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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Utopia

Num mundo ideal...
A tal da professora dançarina não seria demitida porque dançou aquela famigerada música, porque num mundo ideal, professores teriam cultura e bom gosto suficiente para passarem longe desse estilo musical... aliás, num mundo ideal, esse tipo de música nem existiria...

Pronto, falei!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Começando bem...

Para um bom começo de ano letivo... rsrsrsrs!


Professoras de Português



01 - Professora de português não nasce; deriva-se.
02 - Professora de português não cresce; vive gradações.
03 - Professora de português não se movimenta; flexiona-se.
04 - Professora de português não é filha de mãe solteira; resulta de uma derivação imprópria.
05 - Professora de português não tem família; tem parênteses.
06 - Professora de português não envelhece; sofre anacronismo.
07 - Professora de português não vê tv; analisa o enredo de uma novela.
08 - Professora de português não tem dor aguda; tem crônica.
09 - Professora de português não anda; transita.
10 - Professora de português não conversa; produz texto oral.
11 - Professora de português não fala palavrão; profere verbos defectivos.
12 - Professora de português não se corta; faz hiato.
13 - Professora de português não grita; usa vocativos.
14 - Professora de português não dramatiza; declama com emotividade.
15 - Professora de português não se opõe; tem problemas de concordância.
16 - Professora de português não discute; recorre a proposições adversativas.
17 - Professora de português não exagera; usa hipérboles.
18 - Professora de português não compra supérfluos; possui termos acessórios.
19 - Professora de português não fofoca; pratica discurso indireto.
20 - Professora de português não é frágil; é átona.
21 - Professora de português não fala demais; usa pleonasmos.
22 - Professora de português não se apaixona; cria coesão contextual
23 - Professora de português não tem casos de amor; faz romances.
24 - Professora de português não se casa; conjuga-se.
25 - Professora de português não depende de ninguém; relaciona-se a períodos por subordinação.
26 - Professora de português não tem filhos; gera cognatos.
27 - Professora de português não tem passado; tem pretérito mais-que-perfeito.
28 - Professora de português não rompe um relacionamento; abrevia-o.
29 - Professora de português não foge a regras; vale-se de exceções.
30 - Professora de português não é autoritária; possui voz ativa.
31 - Professora de português não é exigente; adota a norma padrão.
32 - Professora de português não erra; recorre a licença poética.

Marluci Brasil

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Importante saber!

Os internautas de todo o mundo podem ter acesso a livros, mapas, gravações, fotografias, documentos de arquivo, pinturas e filmes do acervo das bibliotecas nacionais e instituições culturais dos 27 Estados-Membros da União Europeia, no site da biblioteca multimédia online da Europa: www.europeana.eu

Obs: Acessível em todas as línguas da UE.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

O ano passado

O ano passado

O ano passado não passou,
continua incessantemente.
Em vão marco novos encontros.
Todos encontros passados.

As ruas, sempre do ano passado,
e as pessoas, também as mesmas,
com iguais gestos e falas.
O céu tem exatamente
sabidos tons de amanhecer,
de sol pleno, de descambar
como no repetidíssimo ano passado.

Embora sepultos, os mortos do ano passado
sepultam-se todos os dias.
Escuto os medos, conto as libélulas,
mastigo o pão do ano passado.

E será sempre assim daqui por diante.
Não consigo evacuar
o ano passado.

Carlos Drummond de Andrade, Corpo.


Sempre Drummond! Desde criança que tento exprimir esta mesma sensação e de repente este poema.
É claro que todos aqueles votos, desejos, promessas, esperanças nos ajudam a ser mais sociáveis, mas aí chega janeiro e nada, como se esperássemos que, por milagre, "a partir de janeiro as coisas mudem", como já bem disse este mesmo poeta em Receita de ano novo.
E por que este desejo imenso de que o ano novo seja diferente? Não quero enterrar e esquecer 2008, nem 2007, nem 2006...
É preciso fazer melhor? Não há dúvidas. Mas isto não é o ano novo que vai fazer. É cada um em seus pequenos atos. Porque "é dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre".

Feliz 2009!